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17/Fev/2022

Boi: preços em movimentos distintos entre regiões

A baixa liquidez predomina no mercado físico do boi gordo e, com isso, os preços oscilam conforme a região pecuária e a necessidade ou não da indústria de completar escalas. Enquanto no Centro-Sul as indústrias seguem regulando o ritmo de aquisições de gado, realocando lotes nas escalas de abate em função da oferta restrita, a Região Norte do País segue com volumes confortáveis na oferta de bovinos, resultando em programações que já alcançam o mês de março.

Esta dualidade tem reflexo, notadamente, no fluxo dos negócios e avanços na originação de lotes em algumas regiões frente a outras, gerando um forte distanciamento entre os preços de cada Estado. Com o mercado doméstico demandando pouco em virtude do baixo poder de compra do brasileiro, as indústrias conseguem angariar margens remuneradoras atuando quase que exclusivamente para atender o mercado externo.

Há relatos de indústrias na Região Norte que já atuam com cerca de 70% da sua produção para atender à demanda internacional. Esta relação é fundamentada diante dos significativos aumentos dos preços no mercado externo, bem como a forte escalada cambial no ambiente doméstico. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 330,00 por arroba à vista e entre R$ 332,00 e R$ 340,00 por arroba a prazo. No Espírito Santo, o boi gordo é negociado a R$ 299,00 por arroba a prazo e a vaca gorda/novilha gorda, a R$ 293,00 por arroba a prazo.

Em Goiás, a cotação é de R$ 312,00 por arroba a prazo. Muitas unidades de abate do Estado estão ausentes dos negócios nesta semana por possuírem escalas prontas até meados da próxima semana. No Pará, o boi gordo está cotado a R$ 287,00 por arroba à vista e as escalas são confortáveis. Em São Paulo, no atacado, as negociações seguem enfraquecidas. Os cortes do dianteiro e da ponta da agulha estão cotados a R$ 17,10 por Kg e o traseiro é negociado a R$ 24,60 por Kg.