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15/Fev/2022

Carnes: tendências para o 1º trimestre de 2022

Segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS), os preços dos cortes bovinos ao consumidor deverão ficar estáveis neste primeiro trimestre, enquanto os de frango continuarão em alta. Os suínos, por sua vez, deverão ter mais queda. A tendência para bovinos tem a ver com os custos de produção, que estão mais equilibrados devido à acomodação dos preços da soja e do milho. Essas commodities são usadas na produção da ração. A alimentação representa 70% das despesas de criação do gado. Em 2021, o rebanho brasileiro totalizou 221 milhões de cabeças, um recorde histórico. Ainda assim, a cesta de carnes bovinas acumulou uma inflação de 13,85% no período, devido a fatores como a redução do abate de bovinos diante da suspensão de importações de carne bovina pela China e de boicote a importações da proteína animal pelos países europeus.

Além de aumentos na tarifa de energia elétrica, a escalada de preço dos combustíveis e o crescimento no consumo devido às festas de final de ano. O último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que os estoques finais de soja e milho fechem 2022 em patamares mais confortáveis na relação oferta/demanda. A projeção para a safra 2021/2022 de milho indica um crescimento de 52% dos estoques e de 10,5%, no caso da soja. Além disso, já foi anunciado para este ano a redução para 10% de biocombustível (produzido a partir da soja) misturado ao diesel. Todos são indicativos robustos de estabilidade na cadeia formadora do preço da carne. A tendência do preço do frango é continuar em alta neste primeiro trimestre devido à elevação do custo de produção provocado por aumentos autorizados para a energia elétrica.

Em 2021, o frango registrou inflação de 27,82%. Apesar do crescimento da produção em 4,5% em relação a 2020, o Brasil é o maior exportador mundial da ave e o mercado interno segue sensível aos humores do mercado internacional, cuja demanda aumentou em 11,64% na comparação 2021/2020. O preço nos supermercados da cesta dos suínos teve queda de 4,38% em 2021. Entre os vários fatores que colaboraram para a redução pode-se citar a desoneração da folha de pagamento do setor produtor, a isenção do imposto de importação sobre o milho e o crescimento de 4,9% em relação a 2020 no número de suínos ofertados. Para o primeiro trimestre de 2022, a projeção de queda nos preços permanece. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), nos últimos 12 meses o valor negociado do suíno vivo recuou 20,84%. Fonte: G1. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.