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14/Fev/2022

Boi: preços sustentados e a comercialização fraca

O fraco consumo de carne bovina dita o ritmo de negócios no mercado físico de boi gordo. O efeito do pagamento dos salários já passou, então não há ainda perspectiva para reação no mercado doméstico. Sem a expectativa de melhora no escoamento da proteína no curto prazo, os frigoríficos se ausentam e tentam reprogramar as suas escalas de abate, sem a necessidade de adquirir novos lotes de gado terminado por enquanto. Por outro lado, há expectativa de que as exportações permaneçam com um bom ritmo, especialmente pela demanda chinesa. Caso não haja nenhum contratempo, é esperado que as exportações de carne bovina alcancem um volume recorde neste ano, assim como foi observado em janeiro.

Quanto à oferta, a disponibilidade de bois prontos para o abate ainda é restrita. É essa conjuntura de escassez que sustenta os preços da arroba em patamares elevados, sobretudo nas regiões em que é maior a concentração de unidades habilitadas a exportar para a China. Em São Paulo, devido à oferta mais enxuta, as escalas de abate estão um pouco mais curtas, especialmente por um cenário sustentado pela resistência da ponta vendedora nas negociações. O boi gordo está cotado a R$ 330,00 por arroba à vista e a R$ 340,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, há dificuldade de escoamento de carne bovina e maior oferta de gado terminado. Assim, o boi gordo está cotado entre R$ 303,50 e R$ 305,50 por arroba à vista.

Em Mato Grosso do Sul, a oferta de gado terminado está em níveis abaixo do esperado para a época do ano. Mas, o consumo fraco pressiona os preços e o boi gordo está cotado a R$ 305,50 por arroba à vista. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 305,00 por arroba à vista e no Pará, R$ 286,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, após um período de estabilidade, os preços registram variações. Não há melhora efetiva na demanda, que possa fundamentar os avanços, porém há indícios de início de reequilíbrio nos estoques, ao passo em que a indústria reduz suas operações destinadas ao mercado doméstico. Os cortes do dianteiro e o da ponta da agulha continuam cotados a R$ 17,10 por Kg, enquanto o traseiro está cotado a R$ 24,60 por Kg.