09/Fev/2022

Segundo o Anffa Sindical (sindicato que representa os fiscais federais agropecuários), quatro entidades do setor agropecuário reforçaram o apoio aos fiscais federais agropecuários em favor da reestruturação da carreira e da contratação de mais profissionais. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) afirmaram que vão atuar em conjunto com o Anffa Sindical em favor do pleito dos fiscais federais agropecuários junto ao governo federal.

Em 2021, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, já havia enviado ao Ministério da Economia um pedido de atenção à mobilização dos auditores. Há um déficit de 1.620 fiscais federais agropecuários no País. Em 2000, havia 4.040 desses profissionais em atividade, quando o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) não alcançava R$ 500 milhões. Hoje, são pouco mais de 2.530 profissionais e o VBP está estimado em R$ 1,16 trilhão em 2022. Essa falta de pessoal era em parte compensada por extensão de jornadas de trabalho (sem pagamento de hora extra) e descontinuidade de atividades menos prioritárias em favor de outras, mais prioritárias.

Agora, porém, em função do acúmulo de serviço e da falta de pessoal, estão cumprindo os prazos regimentais e trabalhando oito horas diárias, sem turnos extras não compensados ou remunerados e sem almoços estendidos de três horas que obriguem os fiscais a permanecer mais tempo no ambiente de trabalho. Além disso, em cinco anos não houve nenhum reajuste salarial e nem correção inflacionária nos salários. A expectativa é que, com o apoio das entidades representativas do setor produtivo, seja possível ter a agricultura e a pecuária valorizadas e, assim, certamente este momento difícil para todos será superado, reforça o Anffa Sindical. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.