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07/Fev/2022

Boi: preços seguem sustentados e demanda é fraca

O mercado físico do boi gordo não apresenta alterações. Os preços seguem firmes na maioria das regiões devido à restrita oferta de bois prontos para abate. Por conta disso, o poder de pressão da indústria é limitado, ainda que frigoríficos estejam aproveitando as escalas mais longas para sinalizar valores abaixo da referência. Em algumas regiões, a tática surge efeito e os preços cedem levemente. Devido às chuvas mais regulares na metade norte do Brasil, a perspectiva é de entrada gradativa de um volume maior de bovinos nas próximas semanas.

As programações de abate de frigoríficos de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia estão abaixo da média nacional de 7,6 dias, o que pode indicar eventuais ajustes de preços nessas regiões se, na retomada das compras, nesta semana, a indústria tiver dificuldade de compor lotes. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 315,00 e R$ 338,00 por arroba a prazo; a vaca gorda está cotada a R$ 300,00 por arroba a prazo; e a novilha é negociada a R$ 310,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 312,00 por arroba a prazo. Em algumas localidades, há relatos de volumes de gado garantidos para operação até 20 de fevereiro.

Este panorama possui mais consistência sobretudo na Região Norte do País, e notadamente em Tocantins e no Pará. Em Tocantins, o preço do boi gordo está entre R$ 289,00 e R$ 291,00 por arroba. O cenário é diverso no Sudeste-Sul, assim como partes de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Há indícios de que esta escassez comece a afetar a dinâmica da cadeia produtiva para exportação. De forma a garantir margens mais remuneradoras, a maior parte das operações nestas regiões pecuárias visa atender o mercado externo.