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04/Fev/2022

Boi: exportação é recorde para um mês de janeiro

O ano de 2022 se inicia confirmando as perspectivas desenhadas pelo setor, de um mercado externo aquecido, sendo este um dos principais fatores de sustentação aos preços da cadeia nacional. De fato, logo em janeiro, o volume de carne bovina in natura exportada pelo Brasil ficou acima de 140 mil toneladas, um recorde para o mês, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Quanto aos preços no mercado interno, o preço médio do boi gordo em São Paulo no mês de janeiro atingiu R$ 338,46 por arroba, um recorde, em termos reais, considerando-se a série completa de médias mensais deflacionadas (IGP-DI). No front externo, depois de recuarem com força em outubro e novembro e somarem volume abaixo de 100 mil toneladas, os embarques brasileiros de carne bovina voltaram a subir em dezembro, quando totalizaram 127 mil toneladas.

Assim, de dezembro/2021 para janeiro/2022, houve forte aumento de 10,7% na quantidade escoada pelo Brasil. Em um ano, o aumento é ainda maior, de 31%. Esse cenário é resultado da volta dos envios à China, principal destino internacional da proteína brasileira. Em janeiro, ressalta-se, os envios podem ter sido reforçados pelo feriado do Ano Novo Chinês, comemorado neste início de fevereiro. Quanto à receita com os embarques, somou US$ 727,74 milhões em janeiro (ou R$ 4 bilhões), aumentos de 18,8% (ou de 16% em moeda nacional) frente ao de dezembro/2021 e de expressivos 50,3% (ou de 55% em moeda nacional) em relação ao de janeiro/2021. Outro destaque de janeiro foi a retomada da alta nos preços pagos pela carne bovina in natura brasileira. A média de janeiro/2022 foi de US$ 5.178,00 por tonelada, a maior desde outubro/2021, com avanços de 7,34% frente à média de dezembro/2021 e de 14,81% em relação à de janeiro/2021.

Quando transformado em Reais, o valor pago pela carne bovina atingiu R$ 28.612,86 por tonelada, se aproximando do recorde registrado em setembro/2021, de R$ 30.649,48 por tonelada. O que pode frear o bom momento das exportações ao longo de 2022 é a recente forte valorização do Real frente ao dólar, que acaba reduzindo a competividade da carne brasileira no mercado internacional e limitando os ganhos em moeda nacional de exportadores nacionais. Os números elevados dos embarques ao longo do mês de janeiro sustentaram os valores do boi gordo nas últimas semanas. Neste início de fevereiro, os preços estão mais fracos, o que se deve à limitada demanda pela carne no mercado atacadista nacional. Neste caso, a menor disponibilidade de renda e as altas cotações da carne bovina frente às proteínas de frango e suína seguem limitando a procura. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.