04/Fev/2022
Assim como já esperado e tipicamente observado pelo setor suinícola nacional, as vendas externas e interna de carne suína registraram baixo ritmo ao longo de janeiro. No front externo, portos de importantes parceiros comerciais, como a Rússia, congelam por conta do inverno, limitando a entrada de cargas. No caso da China, o país costuma adquirir maiores volumes no encerramento do ano em detrimento de janeiro, visando ter maior estoques para a comemoração do Ano Novo Chinês.
Diante disso, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), 67,8 mil toneladas de carne suína in natura foram enviadas ao exterior em janeiro, queda de 15,3% frente a dezembro. Apesar disso, ainda foi o maior volume para um mês de janeiro, considerando-se a série histórica de dados da Secex iniciada em 2002, sendo 21,5% maior que a quantidade observada no primeiro mês de 2021. Em termos financeiros, a movimentação foi a mesma. Em janeiro, a receita obtida pelo setor nacional com as exportações da proteína in natura somou R$ 830,56 milhões, 18% menos que em dezembro, mas 12,9% acima da de janeiro/2021.
No mercado brasileiro, as vendas fracas estiveram atreladas especialmente ao menor poder de compra da população e à oferta elevada de suínos, contexto que pressionou as cotações do suíno vivo e da carne ao longo do mês. Em São Paulo, no atacado, as movimentações divergiram dependendo do produto, tendo em vista as diferentes condições de estoques e demanda. Para o carré, a valorização é de 1,9% nos últimos sete dias, comercializado a R$ 10,24 por Kg. Para a paleta desossada, há queda de 4,2% no preço no mesmo período, com o produto passando para R$ 9,83 por Kg, o menor patamar nominal desde maio de 2020. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.