03/Fev/2022

O mercado físico do boi gordo segue registrando lentidão. As programações de abate estão mais longas, o que reduz a pressão de compra. Além disso, os frigoríficos aguardam a evolução do consumo doméstico de carne bovina para retomarem as compras de forma mais ativa. Com escalas praticamente fechadas para a semana, poucos compradores estão ativos. O início de mês, no entanto, traz uma projeção mais otimista para o mercado físico do boi gordo, que pode ter uma melhora no início, mas nada que venha a mudar a tendência.

Com o pagamento dos salários e o fim das férias escolares, deve haver uma melhora no consumo de carne bovina, mas nada muito significativo. A demanda interna permanece fraca. Os fundamentos são altistas para os preços no longo prazo, com a disponibilidade restrita de bovinos para abate, além das exportações aceleradas que devem seguir firmes. O que impulsiona as cotações é a oferta comedida de boiadas para abate. Neste cenário, os frigoríficos devem manter as escalas de abate neste padrão das duas últimas semanas ou pular dias de abate, justamente em função do mercado interno estar devagar.

Além disso, agentes do mercado devem observar o desempenho das exportações de carne bovina in natura consolidadas em janeiro. O mês de fevereiro deve dar uma ideia melhor sobre como será o ritmo de exportação de carne bovina nos próximos meses. A China retornará aos trabalhos regulares após as festividades do Ano Novo Chinês, comemorado nesta semana. A partir daí, projeta-se que as vendas para China devam retornar aos padrões observados antes de setembro do ano passado, e com potencial de superar os embarques daquele período.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 330,00 por arroba à vista e a R$ 340,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais e em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 318,00 por arroba à vista e R$ 309,50 por arroba à vista, respectivamente. Em Mato Grosso, o boi gordo é negociado a R$ 310,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços seguem sem alteração. O traseiro é negociado a R$ 24,10 por Kg, enquanto o dianteiro e a ponta da agulha continuam cotados a R$ 17,10 por Kg. A carcaça casada de bovinos castrados está cotada a R$ 20,37 por Kg. A carcaça de bovinos inteiros está precificada em R$ 18,55 por Kg.