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01/Fev/2022

Leite: cenário desfavorável para a produção no RS

O cenário da bovinocultura de leite continua desfavorável. A disponibilidade de sombra e água é fundamental para minimizar o estresse calórico sofrido pelas vacas, sendo que o uso das pastagens deve ser moderado para evitar o rebaixamento excessivo e realizado nos horários de temperatura mais amena para estimular o consumo. Há um grande esforço na busca de manutenção da produção, ampliando a oferta de silagem, feno e ração, na tentativa de manter o escore corporal das vacas e a produção de leite. No momento não existe umidade do solo que possibilite o plantio do milho 2ª safra de 2022, o que irá ocasionar a falta de silagem no período de vazio forrageiro de outono. Com temperaturas que ultrapassaram os 40°C, o forte estresse térmico sobre os animais aumenta a busca por estratégias para minimizar os efeitos do calor, como a opção por manter as vacas com ventilação e chuveiros em galpões, nos sistemas de confinamento ou semiconfinamento.

Com o calor, as vacas estão entrando nos bebedouros para se refrescarem, deitando no barro, aumentando os casos de mastite ambiental. Na região de Bagé, após a ocorrência das precipitações no dia 17 de janeiro, as temperaturas voltaram a subir rapidamente. Na Fronteira Oeste, aproximadamente 45% das lavouras de milho para silagem já foram colhidas, a maior parte dos silos ainda encontram-se no período de fermentação. Produtores de leite sazonais estão interrompendo as vendas devido à falta de pastagens nativas, cultivadas e também pelo alto custo das rações. Em São Gabriel, as perdas estimadas são de aproximadamente 30%; em Hulha Negra, 35%. Na de Santa Maria, as lavouras de milho silagem foram comprometidas pela estiagem. O milho está sendo cortado antecipadamente, dando origem a uma silagem de baixo valor nutricional. Na região de Caxias do Sul, as temperaturas extremas verificadas agravaram o estresse térmico das vacas.

Estando disponíveis, sistema de refrigeração, ventilação ou mesmo aspersão foram meios utilizados pelos produtores para mitigar o impacto do calor. Na região de Soledade, a água para dessedentação do rebanho está escassa em muitas propriedades e é de baixa qualidade. Em muitas propriedades da região a água é trazida de caminhão pipa para atender a demanda dos rebanhos. Na região de Pelotas, a falta e a intermitência da energia elétrica em algumas localidades obrigaram alguns produtores a fazer uso diário de geradores para a ordenha e o resfriamento do leite. Na regiaõ de Arroio Grande, as chuvas amenizaram a seca que prejudica a atividade, e as pastagens se desenvolveram, ainda que com atraso, oferecendo uma melhor condição de alimentação para as vacas lactantes. A condição atual das pastagens tranquiliza os produtores que já contabilizaram grandes prejuízos. Fonte: Emater-RS. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.