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28/Jan/2022

Suíno: custos altos pressionam margens do setor

Segundo o Rabobank, as cadeias de fornecimento de carne suína encontram dificuldade para repassar custos adicionais aos consumidores. Despesas com frete, grãos para alimentação animal, trabalhadores e preços de energia estão pressionando as margens dos suinocultores. Enquanto muitas coisas são incertas, uma certeza é que os custos de insumos continuam a subir. Problemas com surtos de peste suína africana (PSA) também devem continuar influenciando a produção e o comércio da proteína na Europa, Ásia e nas Américas. As importações e exportações globais de carne suína devem cair em relação a 2021, principalmente devido às reduções na demanda de importação da China à medida que recupera seu plantel de suínos.

Os países importadores tradicionais, como Japão e Coreia do Sul, além de alguns novos países, provavelmente aumentarão suas compras tão logo os principais exportadores precisarão encontrar um novo equilíbrio entre oferta e demanda. A pandemia continuará a desafiar as cadeias e consumidores de suínos de várias maneiras e que a situação segue altamente incerta em 2022. Por outro lado, a instituição observa que, agora, a maioria dos consumidores tem experiência em lidar com as possíveis dinâmicas impostas pelo avanço do vírus e responde a isso comprando e estocando mais produtos, consumindo mais alimentos saudáveis e economizando para o futuro.

A desaceleração da economia global terá consequências mais visíveis neste ano, com crescimento mais lento da renda, aumento do desemprego e menor confiança no futuro. A inflação de preços de bens de consumo, impulsionada pelo aumento dos custos com insumos, ineficiência nas cadeias de suprimentos e questões trabalhistas, colocará uma pressão extra nos bolsos dos consumidores. O Rabobank chama atenção para o fato de que a segunda proteína animal mais consumida no mundo não está imune a possíveis disrupções, mas que também poderia ser beneficiada por consumidores que tenham maior poder de compra. Mesmo com os preços da carne suína terem aumentado marginalmente no final de 2021, ainda estão abaixo dos níveis de pico de do mesmo ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.