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28/Jan/2022

Boi: pressão baixista com escalas mais alongadas

O mercado físico do boi gordo registra maior oscilação de preços, após um período relativamente longo de estabilidade. A cotação se comporta de maneira diversa nas regiões pecuárias, mas no curto prazo a pressão é baixista, já que a indústria conseguiu alongar escalas. Em termos estruturais, porém, os preços devem continuar firmes, sem espaço para quedas expressivas, já que, na prática, falta boi no mercado e a exportação permanece forte. A cotação do boi gordo só não dispara porque o consumo interno de carne bovina continua fraco.

A expectativa é de que, neste início de fevereiro, com o pagamento de salários, haja alguma reação nas compras de carne bovina por parte dos brasileiros. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 332,00 e R$ 340,00 por arroba a prazo. Em Rondônia, a cotação é de R$ 295,00 por arroba a prazo. No Maranhão, o boi gordo é negociado a R$ 293,00 por arroba à vista. No Pará e em Tocantins, a cotação é de R$ 288,00 por arroba a prazo e R$ 293,00 por arroba a prazo, respectivamente.

Na média Brasil, a cotação é de R$ 310,50 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços seguem sem alteração. O traseiro é negociado a R$ 24,10 por Kg; o dianteiro e a ponta da agulha continuam cotados a R$ 17,10 por Kg. As condições distintas no mercado pecuário brasileiro trazem grandes incertezas à operação e ao desempenho do mercado em 2022. Ao passo em que o consumo doméstico se mantém fraco, as indústrias não conseguem repassar seus custos e obter remuneração ao produto.