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27/Jan/2022

Suíno vivo: preços no menor patamar em três anos

As cotações do suíno vivo têm registrado forte queda em janeiro no mercado independente de todas as regiões. Assim, os preços estão no menor patamar real (valores deflacionados pelo IGP-DI de dezembro/2021) desde agosto de 2018 na maioria das regiões. Após resultado abaixo do esperado nas vendas de dezembro, o setor suinícola iniciou 2022 com elevados estoques de carne e rebanho de suínos, o principal fator para o forte recuo dos preços. Além da oferta elevada, o mês de janeiro registra, historicamente, menor liquidez para a carne suína.

Esse cenário, por sua vez, está atrelado à menor demanda da população, devido à renda limitada, e ao período de férias escolares. Essa associação de maior oferta de suínos e de carne suína e de demanda enfraquecida pela proteína tem pressionado os valores consecutivamente em janeiro. Na média parcial do mês, o preço do suíno vivo tem média de R$ 5,61 por Kg na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), recuos de 18,5% frente à média de dezembro e de 28,6% na comparação com a de janeiro/2021, em termos reais. Em Santa Catarina, na região oeste, a baixa mensal é de 18,3%, a R$ 5,13 por Kg na parcial de janeiro, sendo ainda 42,3% menor que no mesmo mês de 2021.

No Paraná, na região sudoeste, a média é de R$ 5,10 por Kg na parcial do mês, quedas de 18,4% frente a dezembro e de 36,9% na comparação com janeiro/2021. Com a forte desvalorização do suíno e a elevação nos preços dos insumos, aumentam as perdas no setor produtivo. Os prejuízos para boa parte dos suinocultores já estão entre R$ 250,00 e R$ 300,00 por suíno. As cotações dos principais insumos utilizados na atividade, milho e farelo de soja, têm tido forte alta em janeiro, devido à combinação de baixa disponibilidade e procura elevada. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.