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25/Jan/2022

Frango: demanda da UE crescerá em menor ritmo

De acordo com o último relatório da Comissão Europeia, a demanda do bloco por carne de aves deve desacelerar na presente década. Embora o consumo de aves da União Europeia tenha evoluído à razão de 2% ao ano entre 2011 e 2021, haverá um aumento de apenas 0,5% ao ano entre 2021 e 2031, com o consumo per capita crescendo de 23,5 Kg em 2021 para 24,8 Kg em 2031. O crescimento será impulsionado por mudanças contínuas nas preferências do consumidor. Há uma imagem mais saudável das aves em comparação com outras carnes (a carne suína deve diminuir 0,9% ano a ano), tem facilidade de preparo e não enfrenta restrições de ordem religiosa no consumo. Adaptando-se rapidamente às mudanças na demanda, espera-se que a produção de aves da União Europeia continue a aumentar apenas 0,4%, o que é bem mais lento do que os 2,6% registrados na última década.

Além disso, a Comissão Europeia não acredita que haverá um grande aumento nas exportações da UE durante a década, após 10 anos de expansão saudável (3,7% por ano) no período 2011-2021. Os principais produtos exportados serão os menos procurados na União Europeia: asas, pernas e miúdos. Mas, com a concorrência acirrada do Brasil, um aumento nas exportações de aves da União Europeia deve ser limitado até 2031. No entanto, várias oportunidades de exportação são destacadas. O aumento esperado nas importações totais da África Subsaariana, Colômbia e Filipinas, juntamente com o novo mercado do Reino Unido após o Brexit, pode chegar a 178.000 toneladas por ano até 2031.

O relatório sugere um aumento de 1 milhão de toneladas para a África Subsaariana (+ 55%), 440.000 toneladas a mais para a Colômbia (+177%) e 150.000 toneladas para o Reino Unido (+25%). No tocante à China, que importou mais carne suína e de aves para compensar as perdas internas ocasionadas pela peste suína asiática (PSA), é provável que reduza as importações de carne de aves e suínos. As exportações de aves para a China e a Rússia devem cair 40% e 53%, respectivamente. Como resultado, a União Europeia pode perder participação no comércio global, de 16% em 2021 para 13% em 2031. As importações de aves da União Europeia, destinadas, principalmente, ao abastecimento do foodservice, devem se recuperar e atingir níveis quase pré-Covid-19 até 2026. Espera-se que os preços se estabilizem em um nível alto. Fonte: Euromeatnews. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.