25/Jan/2022

O mercado físico do boi gordo tem baixa liquidez de negócios com preços estáveis em boa parte das regiões pecuárias do País. O dólar valorizado e a demanda externa aquecida têm dado sustentação às cotações, apesar de leve pressão baixista vinda do mercado interno. Nesta época do mês, o consumo doméstico tende a se arrefecer ainda mais, o que leva as indústrias a aguardarem para retomar as compras de gado terminado e preencher as programações de abate. Como de costume, neste começo de semana os frigoríficos avaliam as vendas de carne bovina durante o fim de semana antes de traçarem as estratégias de aquisição de gado terminado.

O consumo doméstico não é o único problema enfrentado pelos frigoríficos neste momento. Há dificuldades em relação à disponibilidade de colaboradores em virtude da falta de mão de obra, com trabalhadores afastados após infecções causadas pela Covid-19 e o vírus H3N2. O resultado é operação com capacidade reduzida e abates postergados. A soma desses fatores faz com que as escalas se mantenham alongadas nas principais regiões do País e a média nacional segue em 9 dias úteis. Em São Paulo, as indústrias têm programação para 10 dias úteis. No Estado, o boi gordo está cotado a R$ 330,00 por arroba à vista e entre R$ 332,00 e R$ R$ 340,00 por arroba a prazo.

Em Alagoas, o fraco escoamento de carne bovina vem ditando o preço e a cotação é de R$ 300,50 por arroba a prazo. No Pará, as escalas de abate atendem a 16 dias e a cotação do boi godo é de R$ 290,50 por arroba a prazo. Na média brasileira, a cotação do boi gordo é de R$ 311,81 por arroba à vista, queda de 0,90% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, o escoamento de carne bovina segue enfraquecido. A ponta da agulha se mantém estável, a R$ 17,10 por Kg; o traseiro do boi está cotado a R$ 24,10 por Kg; e o dianteiro, a R$ 17,60 por Kg. Com a chegada do final do mês, deve ocorrer pressão sobre os preços das carnes em função das dificuldades no escoamento decorrente do menor poder aquisitivo da população.