21/Jan/2022
Sem demanda firme por bovinos prontos, os preços do boi gordo seguem estáveis em patamares elevados. A oferta não cresce e a dificuldade de formar lotes impede que a ausência de compradores exerça pressão sobre as cotações. Apesar de as escalas de abate nas indústrias estarem mais longas, elas estão "mal preenchidas".
Em um cenário de baixa oferta, as indústrias não estão na capacidade máxima e há registros de ociosidade. Na média Brasil, as programações de abate atendem a 9,16 dias. Em São Paulo, o boi gordo, a vaca gorda e a novilha gorda estão cotados a R$ 337,00 por arroba, R$ 308,00 por arroba e R$ 326,00 por arroba (preços a prazo). Para exportação, os preços também são firmes, a R$ 345,00 por arroba. A exportação está em bom ritmo, mas é preciso ver o balanço do mês. Agora, começou a desacelerar, mas é sazonal.
De toda forma, a venda externa é o que está ajudando a manter a demanda. O câmbio contribuiu para manutenção do preço do boi, já que no mercado doméstico o consumo está muito imprevisível. Em fevereiro, é possível que o consumo interno melhore. A questão é que a sazonalidade do boi deve começar a pesar, pois normalmente há maior oferta a partir da segunda metade de fevereiro.