ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

18/Jan/2022

Carnes: o desempenho das exportações em 2021

O ano de 2021 foi marcado por volumes recordes exportados de carne suína e de aves, já a exportação de carne bovina caiu. A demanda global por carnes está firme e o Brasil foi destaque no suprimento de proteínas animais. Em 2021, o País foi o principal exportador das carnes bovina e de aves. Com relação à carne suína, ocupou o quarto lugar (segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos - USDA). As exportações estiveram firmes em 2021, apesar da pressão causada pela recomposição parcial do plantel suíno chinês e dos casos isolados de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) atípicos no Brasil. Os embarques de 2021 estão entre os melhores resultados dos últimos anos. Destaque para as carnes de aves e suínas, com volumes recordes exportados. O faturamento com as exportações de carne de aves em 2021 foi de US$ 6,95 bilhões, 25,2% maior que em 2020. No acumulado do ano, foram embarcadas 4,25 milhões de toneladas de carne de aves, incremento de 7,8% frente a 2020. A demanda aquecida resultou no melhor desempenho para as exportações do setor nos últimos anos.

Diferentemente das outras proteínas (bovina e suína), houve maior diversificação de destinos, diminuindo a dependência do setor. A relação comercial se deu principalmente com a China (18%), Japão (12%), Emirados Árabes Unidos (10%), Arábia Saudita (9,4%) e África do Sul (3,1%). As notícias de Influenza Aviária em países produtores devem motivar os negócios em 2022, visto que o Brasil tem notória biosseguridade no setor avícola. Em 2021, foram embarcadas 1,02 milhão de toneladas de carne suína in natura, volume 12,7% maior que em 2020, quando foram embarcadas 901 mil toneladas. O faturamento do setor teve incremento de 16,7% e ficou em US$ 2,47 bilhões. A China foi responsável por 52% do faturamento do setor no ano, seguida por Hong Kong (11%), Chile (6,1%), Singapura (4,6%), Argentina (3,9%) e Vietnã (3,9%). Apesar da redução das compras chinesas, decorrente do retorno parcial da produção local, a procura continuou forte, mantendo o cenário positivo para as exportações brasileiras de carne suína em 2021.

O surgimento de casos de peste suína africana (PSA) em outros países e a abertura de novos mercados podem beneficiar as exportações neste ano. Em 2021, as exportações de carne bovina in natura caíram 9,5%, com 1,56 milhão de toneladas embarcadas frente ao recorde obtido em 2020, com 1,72 milhão de toneladas. O desempenho caiu por causa da suspensão das exportações para China após a confirmação dos casos atípicos de “vaca louca” no Brasil. Ainda assim, foi o terceiro melhor ano em relação ao volume exportado. Apesar da queda, em 2021, o faturamento com o mercado externo melhorou 7% em relação a 2020, faturando US$ 7,97 bilhões. A China, apesar da interrupção da exportação, respondeu por 49% do faturamento da carne exportada no ano, seguida por Hong Kong, Chile, Estados Unidos e Egito. Com o anúncio da retomada da exportação para a China em dezembro e ao aumento da exportação para outros mercados, a expectativa é de que as exportações de carne bovina in natura superem o desempenho de 2021. Fonte: Alcides Torres. Agência Estado.