17/Jan/2022

De acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), divulgados na sexta-feira (14/01), as importações de carne da China caíram 5,4% em 2021 em relação ao ano anterior, com um aumento na oferta doméstica de carne suína reduzindo a demanda por suprimentos no exterior. Mais da metade da carne importada pela China é suína, a proteína favorita do país, enquanto cerca de um quarto é bovina.

A China importou 9,38 milhões de toneladas de carne no ano passado, abaixo dos 9,91 milhões em 2020. Os produtores aumentaram a produção de carne suína nos últimos anos, depois que a produção foi devastada por uma epidemia de peste suína africana (PSA) em 2018 e 2019. Mas, o aumento na oferta ocorre em meio à fraca demanda por carne suína, já que menos pessoas jantam fora por causa de uma série de surtos de Covid-19.

Os preços domésticos da carne suína caíram na maior parte do ano passado e caíram 14% em 2022, pressionando também o preço da carne exportada. O ano passado foi difícil por causa dos preços e da logística mais baixos. Embora o valor geral das importações de carne tenha aumentado 4,6%, para US$ 32 bilhões, isso foi impulsionado pela carne bovina, cuja oferta global está apertada, enquanto os preços da carne suína caíram, pressionando os preços do frango.

A fraca demanda e os preços mais baixos reduziram drasticamente as chegadas de carne nos últimos meses, com a proibição da carne bovina brasileira de 3 de setembro até meados de dezembro. Segundo o Rabobank, medidas mais duras também foram adotadas nos últimos meses para impedir que a Covid-19 entre no país na superfície de alimentos congelados. As importações de carne de dezembro, de 654.000 toneladas, caíram 32% em relação ao ano anterior, e abaixo do número de novembro de 677.000 toneladas. As importações devem continuar caindo, à medida que a oferta doméstica cresce. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.