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11/Jan/2022

Leite: intempéries climáticas afetam a produção

As principais regiões produtoras de leite do País amargam perdas que resultam das intempéries. Os rebanhos dos três Estados da Região Sul que, juntos, respondem por 12 bilhões de litros, estão sofrendo com a seca e as altas temperaturas, enquanto em Minas Gerais, que produz 9,7 bilhões de litros e lidera o ranking nacional, o problema é o excesso de chuvas. Segundo a Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), a estiagem severa no Estado já afeta os produtores de leite pelo quarto ano seguido.

O clima ruim impactou o milho e os pastos, afetando a alimentação dos animais. Na Região Sul, onde o gado é de origem europeia, a alimentação desbalanceada e o calor reduzem o volume de produção e a qualidade da bebida. O leite pode ficar mais ácido e não serve para produzir derivados, de acordo com o Sindilat-RS (que representa a indústria). Segundo o laticínio catarinense Tirol, a seca soma-se à alta de custos como um elemento de redução da produção de leite no País. O volume produzido no último trimestre foi de 5% a 7% menor do que em 2020. Mas, quanto disso vem da seca ou dos custos altos, que historicamente afetam o volume produzido, não é possível mensurar.

Segundo o dado mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção caiu 4,9% no terceiro trimestre, para 6,19 bilhões de litros. A seca deverá afetar a qualidade da silagem de milho que será usada para alimentar os rebanhos nos próximos meses. A Emater-RS projetou até agora redução de 1,6 milhão de litros captados ao dia no Estado. Em algumas regiões, a queda se aproxima de 10%. O Paraná estimou declínio de quase 200 milhões de litros, com prejuízo aos produtores de R$ 400 milhões. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.