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10/Jan/2022

Leite: segmento afetado pelo La Niña e estiagem

A pecuária leiteira tende a ser mais comprometida pelo fenômeno La Niña do que a bovinocultura de corte. A relevância da região Sul é maior no leite, especialmente os Estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. Com as pastagens em condição aquém do ideal, a captação de leite também deve vir abaixo do potencial. Outro fator desfavorável à atividade é a dependência de grãos por parte dos pecuaristas de leite. A depender da dimensão das perdas nas lavouras de milho 1ª safra, os custos do cereal para ração animal podem aumentar. Já a atividade da pecuária de corte é mais distribuída pelo País e as pastagens do Centro-Oeste receberam chuvas satisfatórias, o que tende a garantir a oferta de gado. Dependerá mais da propensão ao abate de fêmeas, por sua vez associado ao preço do bezerro, até aqui em patamar elevado.

Cabe ressalvar, entretanto, que o Mato Grosso Sul, importante produtor de gado, especialmente de bezerros, decretou situação de emergência em virtude da seca. Embora as perdas nas lavouras sul-mato-grossenses sejam mais relevantes, os pecuaristas também vêm sofrendo com a piora das pastagens e elevação dos custos de produção. Os mapas de previsão de chuvas para os próximos dias indicam intensificação das precipitações no Sudeste, especialmente no centro e sul de Minas Gerais. As chuvas também devem continuar presentes nas regiões agrícolas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), em Goiás, Mato Grosso e Pará, e se espalhar por todo o Estado de São Paulo e norte de Mato Grosso do Sul. Já para o Paraná e Santa Catarina, os volumes previstos são menores e o Rio Grande do Sul continuará sob efeito da estiagem.

Na previsão para o período de 12 a 18 de janeiro, as chuvas diminuem bem em Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás, mas não no Matopiba e no Pará. No Estado de São Paulo, as precipitações não param, mas o volume diminui. Para o Rio Grande do Sul, há expectativa de retorno das chuvas em todo o Estado, porém, em volumes relativamente baixos, de até 40 mm acumulados no período, assim como no Paraná e em Santa Catarina. Em Mato Grosso do Sul, a porção norte do Estado continua com condições mais favoráveis às plantações e o sul, seco. Com a probabilidade de manutenção da La Niña ao longo do verão, é de se esperar a continuidade deste padrão de chuvas insuficientes no Sul do País e em excesso no Nordeste. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.