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17/Dez/2021

Boi: preços estáveis com indústria ainda cautelosa

A reabertura das exportações de carne bovina para a China foi recebida em tom de cautela pelos frigoríficos no mercado físico do boi gordo. Boa parte da indústria ainda está fora das compras, para traçar estratégias para os próximos dias. De maneira geral, a indústria está otimista, mas relata cautela para o momento, pois ainda há muita carga de carne brasileira a ser desembaraçada nos portos chineses. Além disso, a escassez de contêineres no cenário mundial sugere que o processo será lento.

Além disso, o mês de dezembro e a primeira quinzena de janeiro antecedem as comemorações do Ano-Novo Lunar na China, que marca um longo período de recesso no país asiático, que prejudica a sistemática das operações. De qualquer forma, em 2022, o setor já pode contar com um grande demandante. Os futuros do boi gordo na B3 reagiram com força, e todos os vencimentos subiram cerca de 4% de um dia para o outro.

No mercado físico do boi gordo, a baixa liquidez permanece, apesar da notícia vinda da China. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 305,50 por arroba à vista e a R$ 310,00 por arroba a prazo. O mercado segue em tom de espera e num cenário esvaziado, sem a presença de comprador ou vendedor. Assim, há ampla estabilidade de preços para o boi gordo nas regiões pecuárias brasileiras. Em Goiás, o boi gordo é negociado a R$ 303,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 298,50 por arroba.

Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi acumula desvalorização de 1,71% na parcial de dezembro, negociada a R$ 20,09 por Kg. Ou seja, as quedas nos preços do boi gordo não vêm sendo repassadas na mesma intensidade para a carne negociada no atacado. A média mensal da carcaça casada bovina está em R$ 20,25 por Kg, avanço de 4,38% frente à média de novembro/2021, mas 0,9% abaixo da de dezembro do ano passado, em termos reais.