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16/Dez/2021

Boi: liberação da China deverá elevar as cotações

Segundo o Rabobank, o fim da suspensão de compras de carne bovina brasileira pela China, anunciado nesta quarta-feira (15/12) pelo Ministério da Agricultura, deve mexer com os preços da carne bovina no curtíssimo prazo, sobretudo nos mercados futuros do boi gordo na B3, com vencimento em janeiro e fevereiro, que terão tendência a se valorizar. Uma dúvida, porém, é se a retomada dos embarques da proteína animal ao país asiático poderia começar imediatamente.

Sob este aspecto, a percepção é que não, dada a escassez de contêineres nos portos mundiais. Seria ideal que a carne chegasse a tempo de atender ao consumo do Ano-Novo Chinês, mas, levando-se em conta que uma carga leva de 30 a 40 dias para sair do Brasil e chegar à China, é inviável. Assim, no curtíssimo prazo, pensando em um cenário de poucos contêineres e no prazo apertado do Ano-Novo Chinês, a liberação deve, ainda, ter efeito prático. Para o início do ano, porém, deve haver a retomada normal dos embarques, o que pode, ainda, contribuir para compensar o menor consumo de carne bovina no Brasil, que sazonalmente ocorre no primeiro trimestre.

Um ponto de atenção, porém, ainda é a pandemia de Covid-19 na China, que tem lançado mão de lockdown quando são detectados novos casos da doença. Isso pode reduzir a necessidade de carne bovina do país, visto que, com localidades fechadas, o food service (alimentação fora de casa) fica comprometido. Este fator permitiu, inclusive, à China segurar por mais tempo a suspensão da compra de carne bovina do Brasil. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.