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14/Dez/2021

Frigoríficos dos EUA elevam lucros na pandemia

Segundo o governo dos Estados Unidos, quatro das maiores empresas de processamento de carne dos Estados Unidos, usando seu poder de mercado para elevar os preços da carne e pagar menos aos produtores, triplicaram suas próprias margens de lucro líquido desde o início da pandemia. As demonstrações financeiras das empresas de processamento de carnes (que controlam 55% a 85% do mercado de bovinos, aves e suínos) contradizem as alegações de que o aumento dos preços da carne foi causado por custos de mão-de-obra ou transporte mais elevados.

Autoridades estudaram os balanços financeiros da Tyson Foods, maior empresa de carne dos Estados Unidos em vendas; JBS, com sede no Brasil, o maior frigorífico do mundo; a produtora brasileira de carne bovina Marfrig Global Foods, que detém a maior parte da National Beef; e Seaboard. Estes reportes mostram um salto coletivo de 120% em seus lucros brutos desde a pandemia e um aumento de 500% na receita líquida. Essas empresas anunciaram recentemente 1 bilhão de dólares em novos dividendos e recompras de ações, além dos mais de 3 bilhões de dólares que pagaram aos acionistas desde o início da pandemia.

As margens de lucro (o spread que as empresas estão obtendo além de seus custos) também aumentaram significativamente, desmentindo o argumento de que as empresas estão apenas repassando custos de mão-de-obra e oferta mais altos, com margens brutas de até 50% e líquidas de mais de 300%. Se os custos crescentes dos insumos estivessem impulsionando os preços da carne, essas margens de lucro seriam praticamente estáveis, porque os preços mais altos seriam compensados pelos custos mais altos. Fonte: Isto É Dinheiro e Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.