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09/Dez/2021

Suíno: Brasil espera elevar vendas para a Rússia

A indústria de carne suína do Brasil se prepara para elevar as exportações da proteína para a Rússia já nos primeiros meses de 2022, apesar da limitação de acesso ao país durante o inverno russo devido ao congelamento das águas em diversos portos. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a opção dos exportadores, que recentemente receberam uma rodada de reabilitações de unidades frigoríficas pela Rússia, seria entrar pelo Porto de São Petersburg. A expectativa é aumentar o volume embarcado em janeiro e fevereiro. O movimento tende a começar no primeiro trimestre, mas o impacto positivo, de fato, é previsto para beneficiar a indústria no primeiro semestre do ano que vem.

A Rússia já foi o principal mercado comprador da proteína suína do Brasil no passado, depois reduziu drasticamente as importações por uma estratégia de aposta na produção local e agora retoma um estreitamento na parceria. A Rússia conseguiu ter autossuficiência neste setor por um período, mas agora tem vários fatores que a levam a buscar o mercado externo. A peste suína africana (PSA), aumento de custo de produção e aumento de consumo local. O Brasil exportou 259,41 mil toneladas de carne suína para a Rússia em 2017. Entre janeiro e outubro de 2021, no entanto, esse volume despencou para 3.827 toneladas.

O Ministério da Agricultura informou que até 2020 havia uma cota da Rússia de 430 mil toneladas para importação de carne suína de qualquer país do mundo com tarifa zero. Em 2020, a cota foi extinta e a Rússia estabeleceu uma tarifa única de 25%. Mas, na semana passada, o governo russo anunciou uma nova cota de 100 mil toneladas, sem tarifa, com validade entre 1º de janeiro e 30 de junho do próximo ano. A tendência é que agora aumente novamente a exportação. A cota não é exclusiva para o Brasil, porém o País pode ser um dos principais beneficiários. Considerando o atual preço médio de importações para a Rússia, a cota disponibilizada tem potencial de geração de exportações de mais US$ 200 milhões.

O Itaú BBA destacou que não está descartada a possibilidade de o Brasil embarcar produtos além da cota, a depender da avidez de compras dos russos. O Brasil pode ir além da cota. A Rússia busca parceiros para importar carne suína, isso é um sinal claro. A Rússia compra produtos suínos similares aos que são vendidos para a China, então a reaproximação com este player é uma boa alternativa para a indústria nacional. Um outro efeito secundário é que o Brasil pode ocupar um espaço maior no mercado do Vietnã, que vinha sendo atendido pela proteína suína russa e agora está com uma lacuna devido à PSA na Rússia. entre os russos. Fonte: UOL e Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.