ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

09/Dez/2021

Leite: produção dos exportadores deverá recuar

Segundo o Rabobank, a produção combinada de leite nas sete principais regiões exportadoras do mundo deve diminuir 0,3% no quarto trimestre deste ano ante igual período do ano passado. Esta será a primeira queda desde 2019. O clima desfavorável na Oceania e a erosão das margens nos Estados Unidos e na Europa ofuscaram ganhos de produção na América do Sul. Para o primeiro semestre de 2022, a expectativa é de que a oferta aumente apenas 0,4% na comparação com igual período deste ano.

Para o segundo semestre do ano que vem, a previsão é de um crescimento de 1%, mas isso vai exigir clima favorável e moderação dos custos de ração. Os preços ao produtor estão se aproximando de novas máximas na Oceania e subindo nos Estados Unidos e na Europa, mas as margens dos pecuaristas continuam apertadas em todo o mundo. Altos custos de ração e inflação de insumos são temas comuns nas principais regiões produtoras de leite. A capacidade de resistir às pressões de custos mais altos é altamente dependente dos preços de leite. Grande parte do mundo está com preços adequados para compensar custos mais altos, mas não suficientes para facilitar a expansão.

Não há muita expectativa de que a alta dos preços de ração seja revertida tão cedo, tendo em vista a forte demanda do setor de etanol por milho e incertezas quanto à disponibilidade e custos de fertilizantes. As exportações globais de lácteos vêm se desacelerando em resposta a problemas logísticos, aumento dos custos de frete e preços elevados de commodities. Em termos de volume, as exportações no primeiro semestre de 2021 aumentaram 6% na comparação anual, mas cresceram apenas 2% no terceiro trimestre.

A demanda chinesa deve se desacelerar e isso é necessário para desaquecer os preços, diante do aumento limitado da oferta. Apesar das pressões inflacionárias, consumidores na maioria dos países ainda não viram um aumento dos preços de lácteos, o que vem sustentando a demanda. No entanto, isso deve mudar no ano que vem, já que a partir do segundo semestre de 2021 os preços mais altos de commodities devem ser repassados aos consumidores. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.