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09/Dez/2021

Boi: confinamento bate recorde no Brasil em 2021

De acordo com o Censo de Confinamento DSM 2021, que monitora mais de 2,5 mil fazendas pecuárias em todo o País, o número total de gado confinado no Brasil bateu recorde neste ano e ficou em 6,5 milhões de bovinos de corte, alta de 2% ante 2020, quando foram alojados no cocho 6,4 milhões de bois. Em 2021, o cenário foi favorável para a atividade, o que resultou em aumento de 35% no preço da arroba do boi gordo, em comparação com o ano passado. A cotação do boi gordo foi impulsionada principalmente pela oferta restrita de bovinos, aliada à forte demanda chinesa por carne bovina até setembro deste ano, quando o Brasil, voluntariamente, suspendeu os embarques para lá por causa de dois casos atípicos de "mal da vaca louca".

Os confinadores enfrentaram, porém, aumento nos custos de produção, oferta restrita de bezerros e bois magros (cujos preços também dispararam) e clima desfavorável, o que prejudicou a produção de milho na 2ª safra de 2021. O grão é o principal insumo da atividade, juntamente com o farelo de soja, que também teve preços recordes. Para o mercado doméstico, o ambiente permanece desafiador, dada a crise econômica, que reduz o poder aquisitivo da população, e a oferta restrita de gado terminado, que vem fazendo os preços da proteína bovina dispararem para os consumidores brasileiros. O censo mostrou ainda que os três Estados com maior rebanho confinado este ano são Mato Grosso, São Paulo e Goiás, com 1,38 milhão, 1,12 milhão e 1,07 milhão de bovinos, respectivamente. O Estado onde o confinamento mais cresceu foi São Paulo, que registrou alta de 17% em comparação com 2020, quando foram alojados 959 mil bovinos.

O Paraná também registrou alta de 16% (de 328 mil para 379 mil bovinos) e Mato Grosso do Sul, com alta de 6% (de 753 mil para 798 mil bovinos). Com relação à retração, o número de bovinos confinados caiu 16% no Pará (de 206 mil para 173 mil bovinos) e na região do MAPITO (Maranhão, Piauí e Tocantins), de 224 mil para 188 mil bovinos; e em Santa Catarina, onde caiu 13% (de 155 mil para 134 mil bovinos). Os produtores precisam fazer uma gestão financeira mais apurada e utilizar a tecnologia como aliada para aumentar a eficiência e produtividade dos bovinos confinados, dado o cenário de alta de custos. Para 2022, as expectativas são positivas, com base em custos mais controlados e preços elevados da arroba. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.