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08/Dez/2021

Carnes de frango e suína ganham espaço no Natal

A transferência de demanda da carne bovina para proteínas mais baratas, que tem ocorrido neste ano, como reflexo, também, do aumento dos preços dos alimentos, deve prosseguir no consumo associado às festas de fim de ano. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima que as vendas de kits natalinos deverão crescer até 3% neste ano em relação a 2020. O aumento da inflação e o alto desemprego no País pressionam o poder de compra da população, o que deve reforçar a procura por carnes de frango e suína. O frango deve ser o principal beneficiado pela alta da carne bovina, uma vez que é a proteína com o preço mais acessível. No caso da carne suína, o último bimestre é, historicamente, o período de maior consumo dessa proteína.

Segundo a BRF, as celebrações serão de aves e suínos, e não de churrasco de carne bovina e bacalhau. A companhia projeta que o número de reuniões familiares deverá crescer em comparação com o ano passado, já que boa parte da população brasileira completou o ciclo vacinal contra a Covid-19. A Seara acredita que as comemorações se estenderão ao longo de todo o mês. A expectativa é superar o crescimento do Natal de 2020, de 8% em volume e 23% em faturamento. A Cooperativa Aurora projeta vendas 5% maiores do que em 2020. Para a ABPA, a retomada do trabalho presencial também impulsionará o consumo nesse período, já que em bares e restaurantes é mais comum haver “sobras” no aproveitamento dos cortes.

O pagamento do 13º salário, a possível aprovação do Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família, e a restrição de viagens internacionais devido à variante Ômicron do coronavírus também são elementos importantes para o aumento do consumo no mercado interno. De olho nas famílias que não consomem aves inteiras ou mesmo que não podem pagar pelos tradicionais superfrangos natalinos, as empresas expandiram seus portfólios de pratos prontos. A BRF afirma estar preparada para essas ocasiões de consumo. A Aurora, diz que a crise econômica fez com que o consumidor valorizasse os produtos de qualidade para não “errar e ter que desembolsar outra vez”. O mercado brasileiro atingiu um novo patamar de preços e custos, que deve se manter. O cenário para o primeiro semestre de 2022 é de cotações dos grãos estáveis ou até um pouco abaixo durante a colheita de uma safra que provavelmente será farta. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.