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02/Dez/2021

Boi: preços poderão subir com demanda aquecida

A chegada do mês de dezembro deixa o mercado físico de boi gordo mais otimista. A expectativa das indústrias se concentra no desempenho do consumo doméstico de carne bovina neste mês, com a proximidade das festas de fim de ano, e a ausência da China entre os principais importadores ainda como um fator de pressão para as margens de lucro. Por enquanto, os acordos evoluem em ritmo lento. A cautela dos frigoríficos remete ao fato de que o escoamento da produção dispõe essencialmente do consumo doméstico no curtíssimo prazo. Neste contexto, os próximos dias serão decisivos à formação ou não de preços mais firmes no mercado físico.

As unidades de abate estão focadas em entender até que ponto as vendas no atacado possuem fôlego para absorver os repasses de custos gerados pela forte recuperação dos preços da arroba bovina. Há desacordo entre produtores e frigoríficos sobre preços. Os pecuaristas tentam vender os lotes a preços mais altos para recuperar os prejuízos dos últimos meses, enquanto as indústrias evitam aumentar as ofertas por causa do mercado doméstico ainda pouco consistente. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 310,50 por arroba à vista e a R$ 325,00 por arroba a prazo. Em Goiás, a cotação é de R$ 300,50 por arroba à vista e, em Rondônia, R$ 290,50 por arroba à vista. Há uma melhora na composição das escalas de abate. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 300,00 por arroba à vista.

Em Tocantins, Pará, Maranhão e Bahia, as indústrias relatam que, depois das altas acumuladas, conseguiram evoluir suas escalas de abate, com unidades tendo fechado sua programação de abate até o dia 9 de dezembro. Em São Paulo, no atacado, os cortes do traseiro permanecem cotados a R$ 23,10 por Kg; a ponta da agulha é negociada a R$ 15,60 por Kg e o dianteiro está cotado a R$ 17,10 por Kg. A lentidão chegou a pressionar os preços de alguns cortes bovinos, mas a oferta enxuta limita maiores pressões de baixa. As expectativas se voltam para os próximos dias. O pagamento dos salários e do 13º podem destravar a comercialização.