25/Nov/2021
O mercado físico de boi gordo registra maior liquidez de negócios. Enquanto os preços avançam, em meio à escassez de gado terminado, a notícia de que a China liberou a entrada de lotes de carne bovina certificados antes do dia 4 de setembro animou os frigoríficos. Por enquanto, o mercado segue monitorando a evolução das negociações entre autoridades brasileiras e chinesas, mas as expectativas sugerem que gradualmente a situação deve se normalizar. Em relação aos fundamentos, as indústrias seguem tentando originar mais matéria-prima, mas se deparam com uma situação de oferta ainda escassa de gado terminado.
Além disso, persistem os relatos de empresas que estão pulando dias de abate, à espera de um fluxo mais regular de demanda, na tentativa de evitar estoques excedentes de carne bovina. O consumo doméstico tem evoluído aparentemente bem, mas os frigoríficos seguem aguardando maiores novidades com relação ao retorno das vendas ao mercado chinês. Em São Paulo, a tendência de alta continua, mas os preços variam de acordo com a conjuntura de cada região. O boi gordo está cotado a R$ 308,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, o boi gordo seguiu se valorizando e a cotação está entre R$ 286,50 e R$ 293,00 por arroba à vista.
Em Minas Gerais, o tamanho e qualidade do lote oferecido são determinantes para a formação de preços e a cotação é de R$ 310,00 por arroba à vista e R$ 320,00 por arroba a prazo. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 308,00 por arroba à vista. Em Tocantins, a cotação é de R$ 298,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes bovinos estão inalterados. Os cortes do traseiro permanecem em R$ 23,10 por Kg; a ponta da agulha está cotada a R$ 15,60 por Kg; e os cortes do dianteiro seguem a R$ 17,10 por Kg. A oferta ajustada à demanda tem sustentado os preços dos principais cortes bovinos, uma vez que o fluxo do abate junto às plantas frigoríficas segue cadenciado, em função da dificuldade de compra de gado.