25/Nov/2021
As desvalorizações do suíno vivo no mercado independente no início de novembro superaram os recuos observados nas cotações do milho e do farelo de soja, os principais insumos da atividade. Diante disso, o poder de compra dos suinocultores em novembro está recuando frente ao mês anterior, interrompendo, portanto, o movimento de recuperação que vinha sendo observado nos últimos meses, sobretudo frente ao milho. Considerando-se o suíno vivo negociado na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e o Indicador ESALQ/BM&F do milho em Campinas (SP), nesta parcial de novembro, é possível ao produtor a compra de 4,81 Kg de cereal com a venda de 1 Kg de suíno, quantidade 0,2% menor que a registrada em outubro e ainda 32,8% abaixo da de novembro de 2020.
Frente ao farelo de soja negociado no mercado de lotes de Campinas (SP), neste mês, o suinocultor consegue adquirir 2,9 Kg do derivado com a venda de 1 Kg de suíno, 4,5% a menos que em outubro/2021 e 17,8% abaixo do volume que era possível comprar em novembro/2020. Na comparação do suíno comercializado no mercado de lotes de Santa Catarina, na região de Chapecó (SC), é possível ao suinocultor a compra de 4,25 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno na parcial de novembro, quantidade 2,4% abaixo da média do mês anterior e ainda 38,8% inferior à de novembro/2020. Na relação com o farelo de soja, o produtor pode adquirir 2,93 Kg do derivado, queda mensal de 4,2% e anual de 20%. O bom ritmo da semeadura da safra de verão (1ª safra 2021/2022) e as exportações desaquecidas têm pressionado as cotações do milho.
O Indicador ESALQ/BM&F (Campinas – SP) do milho recuou 6,2% frente a outubro, com a média de novembro a R$ 84,34 por saca de 60 Kg. Em um ano, contudo, observa-se alta de 5,9% no preço médio do cereal. No mercado de lotes de Chapecó (SC), a movimentação é similar, com baixa de 4,1% no comparativo mensal, mas elevação de 5,8% no anual, indo a R$ 88,58 por saca de 60 Kg em novembro/2021. Os valores do farelo de soja iniciaram novembro em queda, mas registraram recuperação nos últimos dias. Mesmo assim, de outubro a parcial de novembro, o derivado apresenta desvalorização de 2,3% tanto no mercado de Campinas (SP) quanto no de Chapecó (SC), a R$ 2.325,51 por tonelada em Campinas e a R$ 2.148,17 por tonelada em Chapecó. Frente às médias de novembro/2020, as diminuições são de 13,5% e de 19%, na mesma ordem. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.