12/Nov/2021
Os dois pacientes internados no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz), no Rio de Janeiro, não têm suspeita de estarem com a “doença da vaca louca” e sim com outro mal, chamado Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), segundo a Fiocruz informou em nota na tarde desta quinta-feira (11/11). Essa doença não tem relação com o consumo de carne. Os pacientes (uma pessoa moradora de Belford Roxo e um homem de 55 anos morador de Duque de Caxias, ambos municípios da Baixada Fluminense) estão internados no Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 do Instituto Nacional de Infectologia e, segundo nota divulgada pela Fiocruz e assinada pelo vice-diretor de Serviços Clínicos do INI, Estevão Portela Nunes, considerando os aspectos clínicos e radiológicos, a suspeita é de DCJ e não de doença da “vaca louca”.
Segundo nota emitida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, também nesta quinta-feira, a maior incidência da Doença de Creutzfeldt-Jakob ocorre de forma esporádica e tem causa e fonte infecciosas desconhecidas. Ainda segundo a pasta, entre os anos de 2005 e 2014 foram notificados no Brasil 603 casos suspeitos da doença de Creutzfeldt-Jakob. Existe uma variante da DCJ que é causada pelo consumo de carne bovina contaminada e é considerada a versão atual da doença da “vaca louca” em humanos, mas, segundo o Ministério da Agricultura, desde que a vigilância da DCJ foi instituída no Brasil, nenhum caso da forma vDCJ foi confirmado no País.