10/Nov/2021

Apesar da ainda baixa liquidez de negócios, o mercado físico do boi gordo apresenta preços mais sustentados. Além da demanda doméstica ter demonstrado mais tração, a oferta de bois do segundo giro de confinamento começou a se reduzir, contribuindo para um ambiente de maior firmeza nas cotações. A situação das compras da China, paralisadas desde 4 de setembro, continua no radar, com as expectativas de uma retomada ainda este ano. O maior ritmo nas vendas domésticas da carne bovina, sobretudo depois da liberação plena das atividades comerciais, trouxe fôlego ao setor e tem destravado os negócios no mercado físico do boi gordo.

O ritmo de comercialização ainda é lento, com frigoríficos avaliando as vendas de carne bovina durante o fim de semana antes de traçarem novas estratégias de aquisição de gado terminado. Por outro lado, os pecuaristas seguem tentando reter por mais tempo os bovinos nos cochos, para comercializar a preços mais altos, conforme a cotação da arroba avança. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 261,00 por arroba à vista e a R$ 263,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, observa-se aumento da liquidez. A demanda por gado de maior qualidade tem favorecido o mercado local. Além de uma oferta menor, gradualmente as unidades de abate voltam aos negócios devido à redução das escalas. No Estado, a cotação é de R$ 262,00 por arroba a prazo.

No Acre, em função do lento escoamento e da melhora na oferta de bovinos, os preços registram recuo e o boi gordo está cotado a R$ 254,00 por arroba à vista. No Paraná, a cotação é de R$ 278,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços se estabilizaram. O traseiro está cotado a R$ 22,10 por Kg e o dianteiro, a R$ 13,60 por Kg. A ponta da agulha é negociada a R$ 13,10 por Kg. O maior volume de negócios resulta em preços mais firmes, mas o setor passa a avaliar o efeito das vendas em seus estoques e aguardar como será a dinâmica no decorrer desta semana para observar se há espaço para novas altas.