29/Out/2021
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou na quarta-feira (27/10) que não acredita que o embargo chinês à carne brasileira, que já dura cerca de dois meses, tenha razão ligada à política e nem que é uma estratégia para reduzir os preços. Para ela, trata-se de uma estratégia chinesa e o Ministério da Agricultura tem a obrigação de fazer sua parte, que é prestar as informações pedidas de forma transparente. A ministra diz ainda que a demora na resposta pode estar ligada a um estoque interno maior.
A China voltou a crescer com a produção de suínos, após problema que durou três anos. Hoje, o país asiático tem um volume maior de carne suína. O Ministério da Agricultura tem conversado com as equipes técnicas constantemente para esclarecer essa questão, e a expectativa é retomar os envios no curtíssimo prazo, afirmou a ministra. Segundo ela, 40% do estoque que espera liberação para entrar na China estão pagos. Tereza Cristina salientou também que o caso não é inédito no mundo, citando a Irlanda, que teve a suspensão pelo mesmo motivo do Brasil em maio e, até agora, não foi retomada. O Brasil suspendeu de forma voluntária os envios da proteína à China no dia 4 de setembro, depois da confirmação de dois casos atípicos de “doença da vaca louca” em rebanhos.
Depois, porém, mesmo com o controle dos casos no Brasil, a interrupção foi mantida pelo país asiático. Na quarta-feira (27/10), a China liberou a primeira entrada no país de uma carga de carne brasileira desde o anúncio do veto à importação do produto vindo do Brasil. A decisão, no entanto, foi específica a um lote que aguardava em um porto do país asiático e não altera o embargo ao produto brasileiro, que já dura sete semanas. Sobre isso, porém, a ministra diz que a pasta ainda não teve confirmação. Fonte: CNN. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.