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25/Out/2021

Boi: preço baixo pressiona margens de pecuarista

As incertezas quanto à retomada das importações de carne bovina brasileira pela China seguem preocupando o mercado de boi gordo. Desde que o Brasil suspendeu os embarques ao principal importador por causa dos casos atípicos do "mal da vaca louca", os frigoríficos se ausentaram dos negócios e a arroba tem recuado, pressionando as margens dos pecuaristas, que já não estavam confortáveis por causa dos altos custos de produção. Os negócios envolvendo gado terminado não andam e as poucas indústrias ativas são as que produzem especificamente para o mercado doméstico. Mesmo estas têm uma atuação mais limitada, uma vez que o consumo brasileiro da proteína bovina também caminha a passos lentos, em função da crise econômica decorrente da pandemia de Covid-19.

Esse cenário é ainda mais acentuado neste período do mês, quando consumidores costumam reduzir as compras por estarem menos capitalizados. A conjuntura é de espera, tanto para os frigoríficos, que aguardam a liberação do fluxo para a China para elevar as compras de bois terminados, como para os pecuaristas, que tentam reter os lotes por mais tempo nos cochos, na tentativa de evitar o prejuízo de vendê-los aos preços atuais. A forte especulação baixista ainda paira sobre os preços do boi gordo e muitas plantas frigoríficas optam por se ausentar das compras de gado e não sinalizar referência em algumas regiões. O pecuarista ainda tenta resistir à pressão, mas o momento é delicado em função dos altos custos, sobretudo com ração. Neste contexto, os preços são nominais.

Em São Paulo, o esvaziamento do mercado ainda pesa sobre as cotações. O boi gordo está cotado a R$ 260,00 por arroba à vista e a R$ 268,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 267,00 por arroba a prazo. Na Bahia, o boi gordo está cotado a R$ 270,00 por arroba à vista. No Pará, a cotação é de R$ 258,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso, o boi gordo é negociado a R$ 256,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, depois de ajustes negativos, os preços dos principais cortes estão estáveis. Mas, novos recuos não são descartados, em razão da fraqueza de preços das carnes concorrentes e da irregularidade das vendas. Por enquanto, o dianteiro do boi e a ponta da agulha estão cotados a R$ 14,10 por Kg. O traseiro está cotado a R$ 21,60 por Kg.