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25/Out/2021

Boi: chanceler chinês promete solução para o veto

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, reuniu-se no dia 21 de outubro, por videoconferência, com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, para discutir a retomada das exportações de carne bovina brasileira ao país asiático. Os embarques estão paralisados. Segundo o Itamaraty, o ministro chinês disse acreditar que o assunto será resolvido rapidamente. As exportações de carne bovina brasileira aos chineses estão suspensas desde 4 de setembro, quando o Brasil anunciou a interrupção.

A medida, tomada após a confirmação de dois casos atípicos do “mal da vaca louca”, em Minas Gerais e Mato Grosso, faz parte de um protocolo sanitário entre os dois países, e cabe aos chineses decidirem pela retomada dos embarques. Após a confirmação da doença no Brasil, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) afirmou que os casos brasileiros tinham potencial insignificante de contaminação do rebanho. A variante atípica da “vaca louca” ocorre em bovinos mais velhos e tem baixo potencial de se espalhar, diferentemente do tipo clássico, em que o bovino pode contrair a doença ao consumir ração contaminada.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, colocou-se à disposição para ir pessoalmente à China negociar a reabertura do mercado. Parte do setor acredita que a longa espera seja uma retaliação. Em 2019, quando um caso parecido ocorreu no Brasil, o embargo durou apenas 13 dias. Uma fonte do segmento afirmou que a demora chinesa não tem origem técnica, mas que também não é possível presumir que haja motivação política. Internamente, o Ministério da Agricultura faz leitura semelhante. A China é pragmática e está trabalhando para baixar o preço. É fácil confundir com política, mas hoje não tem ambiente para isso. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.