15/Out/2021
Segundo o Itaú BBA, as perspectivas de preços do boi gordo seguem negativas, ao menos até que a China retome as compras de carne bovina brasileira, interrompidas após os dois casos atípicos do "mal da vaca louca". Sendo o Brasil o principal fornecedor de carne bovina ao mercado chinês, e com a demanda de importação anual chinesa da ordem de 3 milhões de toneladas (250 mil toneladas/mês), para um consumo doméstico de 10 milhões de toneladas, a reabertura do mercado não deveria demorar, porém, estando esta decisão do lado da China, é incerto quando isso deve ocorrer, o que deixa a comercialização de gado sem referência. Além da matéria-prima, destaca-se um movimento de recuo nas cotações da carne bovina no atacado desde o fim de setembro, especialmente dianteiro.
Os efeitos do embargo chinês às exportações da proteína do País apareceram nos dados preliminares dos embarques de outubro. Caso o preço de exportação termine o mês em queda, o que é possível no contexto atual, será o primeiro recuo desde agosto 2020, sendo que a alta acumulada desde então foi de 37,5%. Outro ponto a ser monitorado pelo mercado é a retirada das restrições de exportação de carne bovina da Argentina à China de maneira antecipada. A previsão era de que isso ocorreria em 31 de outubro, mas o governo argentino mudou o prazo para este início de outubro. A carne argentina é concorrente da brasileira e pode ser uma alternativa de curto prazo para a China. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.