15/Out/2021
Segundo o Insper, a rastreabilidade da cadeia bovina, principalmente no monitoramento dos fornecedores, precisa ser estendida para pequenas e médias empresas. Nos últimos anos, todas grandes empresas adotaram mecanismos para controlar a cadeia de suprimento. Elas estão fazendo o possível para o controle e estão conseguindo. Mas, o fato de as grandes empresas estarem fazendo não significa que todo o setor está se mexendo. O movimento precisa também ser das pequenas e médias empresas. Estender o movimento para frigoríficos de menor porte é um desafio muito grande e preocupa.
A rastreabilidade é um dos maiores desafios da pecuária brasileira. O rastreamento é um desafio muito grande no caso do boi porque na Amazônia a pecuária é a primeira atividade de ocupação de áreas desmatadas ilegalmente. Para fixar a posse, são colocados bois e vacas nessas áreas. Contudo, a pecuária de corte não é a causa do desmatamento. A causa é a madeira e a exploração imobiliária. O boi é utilizado como fixação de posse da área porque o governo estimulou por muitos anos o avanço da pecuária para Cerrado e Amazônia.
Além deste ponto, outra dificuldade do setor é o rastreamento indireto, ou seja, a garantia de que bois comprados terminados não foram criados em áreas desmatadas. A rastreabilidade será fator obrigatório. Os consumidores pedem rastreamento e geomonitoramento de seus produtos. Outra situação que o setor terá de enfrentar é a redução das emissões de carbono. Mensurar as emissões não somente das empresas, mas também dos fornecedores exige tecnologias como intensificação das pastagens, diminuição dos processos de fermentação e controle dos dejetos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.