13/Out/2021
O mercado físico de boi gordo não apresenta alterações e as indústrias tendem a se manter ausentes dos negócios, enquanto avaliam as vendas de carne bovina no mercado doméstico. Os preços do boi gordo seguem pressionados no mercado físico. Boa parte da indústria tem escalas preenchidas e não se espera mudanças no apetite por lotes nos próximos dias, pois, além da demanda interna fraca, as exportações de carne bovina para a China não foram retomadas.
A atenção deve seguir mais concentrada nas negociações entre autoridades brasileiras e chinesas para a liberação das exportações da proteína bovina ao país asiático, embargadas há mais de um mês após os dois casos atípicos do "mal da vaca louca". Nesse período, o mercado perdeu liquidez, enquanto os frigoríficos elevaram as suas escalas de abate, concedendo férias coletivas ou pulando dias de operação. As poucas indústrias ativas tentam adquirir bois a preços baixos, atentas à lentidão do consumo doméstico e às incertezas com relação à dinâmica das vendas externas.
Há também preocupação direcionamento de oferta de carne para exterior ao mercado interno. Somente neste mês, a arroba já recuou 3,9%. Em Minas Gerais, o recuo é de 8,5% e em Goiás, de 7,3%. Na média do Brasil, frigoríficos têm bois para atender 6 dias de abate. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 274,00 por arroba à vista e a R$ 280,00 por arroba a prazo. Nos estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, as quedas nas indicações de compra de gado são mais acentuadas em função do número de plantas em férias coletiva e com abates reduzidos. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 261,00 por arroba à vista.
Em Minas Gerais, o boi gordo é negociado a R$ 273,00 por arroba à vista. Em Rondônia, a cotação é de R$ 268,00 por arroba à vista. Há recuos pontuais, com pressão da demanda fraca, no Rio Grande do Sul e na Bahia. Em São Paulo, no atacado, distribuidores e varejistas continuam limitando o ritmo de compra e reposição preocupados com a irregularidade das vendas. A ponta da agulha segue cotada a R$ 14,10 por Kg. O dianteiro do boi permanece a R$ 15,10 por Kg. O traseiro registra recuo, para R$ 22,10 por Kg. A carcaça casada de bovinos castrados está cotada a R$ 17,78 por Kg e o bovino inteiro, a R$ 17,87 por Kg.