07/Out/2021
Como já era esperado pelo setor, os embarques de carne suína atingiram volume recorde em setembro. Vale lembrar que, em agosto, a baixa disponibilidade de contêineres e o alto valor do frete marítimo limitaram os embarques brasileiros da proteína. Em setembro, os pedidos represados se somaram aos já programados para o mês, elevando com força a quantidade escoada pelo Brasil. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), 110,9 mil toneladas de carne suína foram exportadas pelo País no último mês, superando a marca até então histórica, de 107,9 mil toneladas, que havia sido registrada em março de 2021.
Além de recorde, o volume embarcado em setembro foi 23,4% maior que o de agosto e 29,8% acima do de setembro de 2020. Apesar do recorde em volume, a receita obtida com os embarques não superou a marca anterior, de março/2021, uma vez que o preço médio pago pelo produto suinícola exportado tem se reduzido nos últimos meses. Em setembro, a receita com as vendas externas somou R$ 1,34 bilhão, aumento de 23,4% frente à de agosto e 32,7% acima da receita de setembro/2020.
Quanto aos destinos da carne, a China recebeu 53,5 mil toneladas em setembro, correspondendo por 48,2% do total embarcado pelo Brasil. Aqui ressalta-se que, nos últimos 15 meses, esta é a segunda menor participação da China nos embarques totais da carne, mostrando que o incremento nas vendas externas em setembro não teve como fator principal uma maior demanda do país asiático, como geralmente se observa.
Em março/2021, quando o Brasil registrou o segundo maior volume já escoado, a China havia sido responsável por receber 54,4% do total exportado pelo Brasil naquele mês. Outros países, com menor participação individual, somaram fortes incrementos de agosto a setembro, impulsionando o volume total, como é o caso de Angola, Filipinas e Emirados Árabes Unidos. Juntos, esses países foram destino de 8,8 mil toneladas de carne suína em setembro, expressivo aumento de 83,5% (ou de 4 mil toneladas) sobre o volume de agosto. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.