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04/Out/2021

Boi: preços recuam à espera da decisão da China

Os preços do boi gordo seguem recuando no mercado físico. O movimento de queda está se intensificando, na medida em que aumentam as preocupações dos agentes de mercado quanto à demora na retomada das exportações de carne bovina para a China. Com o principal importador do produto brasileiro fora do mercado, os frigoríficos seguem com menor necessidade de originar matéria-prima e a liquidez de negócios fica praticamente nula. Muitas unidades que saíram das compras possuem escalas de abate prontas até o dia 9 de outubro e relatam que passarão a receber ofertas de boiada gorda oriundas de confinamentos próprios nas próximas semanas.

Por outro lado, os produtores tentam segurar ao máximo os bois nos cochos para evitar o prejuízo. Os custos de produção, especialmente de nutrição e suplementação animal, seguem altos e não deixam espaço para uma redução na margem dos pecuaristas. Mas, os pecuaristas que tinham bois para entrega neste período não conseguiram escapar e registram margens negativas. Em setembro, o preço médio do boi gordo em São Paulo recuou 6%. A média do mês passado foi de R$ 302,98 por arroba, 3,86% inferior à média de agosto e 1,78% abaixo da média de setembro de 2020, em termos reais.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 286,50 por arroba à vista e a R$ 298,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 291,00 por arroba à vista e em Minas Gerais, R$ 288,00 por arroba a prazo. No Rio Grande do Sul, o preço permanece estável, a R$ 306,00 por arroba à vista. No Paraná, o boi gordo é negociado a R$ 291,50 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, a ponta da agulha está cotada a R$ 15,60 por Kg; o traseiro do boi é negociado a R$ 22,60 por Kg; e o dianteiro está cotado a R$ 16,10 por Kg. A entrada do mês de outubro não traz fortes expectativas quanto ao escoamento da proteína bovina, pois o foco ainda é a questão China.