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01/Out/2021

Boi: preços estão recuando em mercado esvaziado

O mercado físico de boi gordo registra queda de preços mais generalizada, reflexo da lentidão nos negócios e da frustração quanto a um retorno das exportações de carne bovina para a China. A conjuntura é de esvaziamento, com frigoríficos reduzindo ou até paralisando os abates e pecuaristas tentando segurar por mais tempo o gado gordo nos cochos, na tentativa fechar acordos quando os preços voltarem a subir. O consumo interno é inconsistente e a ausência de novos negócios com a China sugere a possibilidade de redirecionar boa parte dos estoques existentes nas zonas portuárias para o frágil mercado doméstico, desencadeando prejuízos por efeito de queda nos preços da carne e margens negativas.

No mercado internacional, enquanto o Brasil aguarda o aval da China para a retomada dos embarques de carne bovina, o governo argentino anunciou a flexibilização das exportações de carne bovina para o país asiático. A medida, que passa a valer a partir do dia 4 de outubro. A Argentina é um dos principais concorrentes do Brasil na comercialização para os chineses e as restrições do país vizinho alimentavam uma expectativa quanto a uma rápida liberação da China para as compras brasileiras. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 288,50 por arroba à vista e a R$ 296,00 por arroba a prazo. Em Goiás, a cotação é de R$ 288,00 por arroba a prazo e em Mato Grosso, R$ 286,00 por arroba à vista. No Pará, o boi gordo está cotado a R$ 280,50 por arroba à vista.

Em Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais, a cotação é de R$ 293,00 por arroba à vista e R$ 290,00 por arroba à vista, respectivamente. Em São Paulo, no atacado, após mais de duas semanas de estabilidade, há recuo nas cotações da ponta da agulha e da vaca casada, para R$ 15,00 por Kg e R$ 18,50 por Kg, nesta ordem. O traseiro do boi, por outro lado, segue cotado a R$ 22,60 por kg e o dianteiro a R$ 16,10 por Kg. Embora a variação nas cotações ainda não tenha ocorrido de maneira expressiva, há uma forte pressão baixista, em razão da fraqueza nas vendas da proteína bovina. As quedas visam dar alguma vazão ao escoamento da produção, mesmo que essa se mantenha bem regulada à demanda.