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28/Set/2021

Boi gordo pressionado pela demanda enfraquecida

O mercado físico de boi gordo está esvaziado, enquanto as indústrias avaliam as vendas ao mercado doméstico no fim de semana e monitoram a liberação das exportações para a China. A expectativa do setor é de que, passado o feriado comemorado pelos chineses na semana passada, o fluxo de embarques da carne brasileira para a China seja retomado nesta semana. A interrupção na comercialização ainda decorre dos casos atípicos do "mal da vaca louca" identificados em Minas Gerais e Mato Grosso. A falta de novas informações sobre a retomada das compras de carne bovina por parte da China mantém a pressão baixista no mercado físico do boi gordo. As aquisições de pequenos lotes visam complementar vazios das programações de abate de frigoríficos que ainda estão em atividade. Em São Paulo e Minas Gerais, as indústrias estão com 8 dias úteis já programados.

Em Goiás, as programações seguem em 9 dias úteis, enquanto em Tocantins e Mato Grosso do Sul, as indústrias têm programação para 6 dias úteis programados. A situação é mais crítica em Mato Grosso e Rondônia, com escalas atendendo a 5 dias úteis. Nos próximos dias, porém, é esperada maior movimentação das indústrias na aquisição de gado terminado, como forma de preparação para a virada do mês, que costuma trazer um aumento no consumo doméstico de carne bovina. Por enquanto, a menor necessidade de compra ainda fragiliza os preços do boi gordo, bem como a paralisação de algumas unidades de abate, sobretudo as exportadoras. Embora a produção de carne bovina esteja bem ajustada à demanda vigente, muitas indústrias temem a possibilidade do estoque destinado à exportação seja redirecionado ao mercado doméstico, o que desencadearia uma forte pressão sobre os preços da proteína com severos impactos nas margens operacionais.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 295,50 por arroba à vista e a R$ 304,00 por arroba a prazo. Em Santa Catarina, a cotação é de R$ 315,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo é negociado a R$ 293,50 por arroba à vista e em Mato Grosso, a R$ 290,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 300,00 por arroba a prazo. No Maranhão, o boi gordo é negociado a R$ 286,00 por arroba à vista. Em Goiás, a cotação é de R$ 286,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o lento escoamento de carne bovina e a redução nos abates de bois terminados em grande parte do País permitem um equilíbrio às cotações. Para os próximos dias, a disponibilidade deve se manter nos níveis atuais. Porém, há preocupações são com a possibilidade de deslocamento de produto para exportação para o mercado interno. O traseiro do boi está cotado a R$ 22,60 por Kg; o dianteiro e a ponta agulha são negociados a R$ 16,10 por Kg.