ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

27/Set/2021

Boi: preço estável em mercado com baixa liquidez

O mercado físico de boi gordo segue lento, com pecuaristas e frigoríficos demonstrando pouco interesse de negociação. A tendência de alta nos preços da arroba vista nos últimos dias deve persistir, mas o movimento deve ser contido por causa da falta de apetite que paira no mercado. Os negócios que estão saindo são porque os frigoríficos estão pagando mais para fechar. A volta dos embarques para a China continua no radar, por isso o preço evolui, mas ainda de maneira muito tímida. Os poucos lotes comercializados são para cobrir lacunas nas escalas de abate das indústrias que continuam ativas nas compras de gado. Isso porque há unidades paralisando as atividades, inclusive concedendo férias coletivas, enquanto o mercado de exportação não é liberado pela China.

Os embarques foram interrompidos voluntariamente pelo Brasil por causa da identificação de dois casos atípicos do "mal da vaca louca" e agora o País aguarda uma conclusão da China para voltar à normalidade. O ambiente caminha muito mais para uma certa acomodação nos valores em função da sazonalidade do período. A segunda quinzena de mês limita o escoamento da produção ao mesmo tempo em que não permite a mitigação dos custos operacionais das indústrias à carne. Em São Paulo, o consumo de carne bovina é baixo e as indústrias seguem à espera da retomada das exportações para a China, o que resulta em estabilidade de preços. O boi gordo está cotado a R$ 295,50 por arroba à vista e a R$ 304,00 por arroba a prazo.

Em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul, a oferta de gado terminado é menor e os frigoríficos estão mais ativos. Assim, a cotação é de R$ 291,00 por arroba a prazo e R$ 306,00 por arroba à vista, respectivamente. Em Santa Catarina, o boi gordo está cotado a R$ 317,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, as cotações ainda resistem ao cenário desafiador para o consumo doméstico. Assim como as vendas estão enfraquecidas, a oferta da proteína está equilibrada, com a redução dos abates por causa da paralisação de algumas indústrias. O traseiro do boi segue cotado a R$ 22,60 por Kg, enquanto o dianteiro e a ponta da agulha são negociados a R$ 16,10 por Kg.