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24/Set/2021

Boi: preço volta a reagir com a demanda aquecida

Os frigoríficos brasileiros começam a demonstrar maior interesse de aquisição de bois terminados para o preenchimento das suas programações, após duas semanas de ausência no mercado físico. Ainda que as exportações de carne bovina para a China não tenham sido retomadas, a proximidade da virada do mês e a expectativa de melhora no consumo doméstico motivam o aumento da liquidez de negócios. Os preços do boi gordo, por consequência, estão reagindo em algumas regiões pecuárias do País. "Mesmo as indústrias frigoríficas que dispõem de lotes oriundos de confinamentos próprios ou de negociações a termo com entrega agendada para este período já demonstram algum interesse em retomar e participar das compras de gado.

Para além do aumento das indicações de compra, as cotações do boi gordo também retomam a tendência altista por causa da escassez estrutural de gado pronto para o abate e o encarecimento dos custos de produção para os pecuaristas. Com a oferta mais baixa, as unidades são obrigadas a pagar valores mais altos para originar quantidades maiores de matéria-prima. Somam-se a essa conjuntura as exportações ainda aquecidas, mesmo com o embargo chinês. Em São Paulo, a conjuntura de poucos negócios persiste, com as escalas da indústria ainda atendendo a uma média de 8 dias úteis. O boi gordo segue cotado a R$ 295,50 por arroba à vista e R$ 304,00 por arroba prazo.

Em Mato Grosso, à medida que algumas plantas frigoríficas retornam aos negócios e complementam suas escalas de abate com os poucos lotes que surgem à venda no mercado, os preços registram leve alta, para R$ 291,00 por arroba à vista. Em Tocantins, as indústrias locais estão operando com preços mais firmes visando complementar lacunas em suas programações de abate e fechar o mês de setembro. Em Rondônia, onde há unidades com necessidade de gado, os preços estão mais altos, para garantir oferta. No Pará, a alta gera maior liquidez, visto que muitas indústrias optaram por não paralisar os abates.

Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 302,00 por arroba à vista. No Acre, em razão do alongamento das escalas de abate no Estado, a cotação é de R$ 279,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços estão estáveis. As vendas ainda são lentas, mas há relatos de sobras de mercadorias, o que acaba equilibrando a influência sobre as cotações. Diante da paralisação temporária de algumas unidades de abate, a oferta não mostra sinais de maiores excedentes, o que poderá oferecer suporte a estabilidade, mesmo considerando o efeito de uma segunda quinzena de mês. O traseiro do boi segue cotado a R$ 22,60 por Kg, enquanto o dianteiro e a ponta da agulha são negociados a R$ 16,10 por Kg.