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23/Set/2021

Boi: preços seguem estáveis com oferta regulada

O ritmo de negócios no mercado físico de boi gordo evolui a passos lentos, sem alterações nos fundamentos referentes à oferta e à demanda. Do lado comprador, as indústrias continuam com uma estratégia de maior cautela para aquisição de lotes de boiada gorda, sobretudo as exportadoras, com o embargo à China ainda em vigor. Do lado vendedor, contudo, os pecuaristas tentam fechar acordos em patamares de preços que cubram os gastos com os custos de produção. Em algumas regiões pecuárias, porém, os produtores acabam forçados a venderem os bois oriundos de confinamentos a preços mais baixos, em razão da menor procura. Grande parte dos frigoríficos conta com as escalas de abate atendendo em média a oito dias úteis.

O movimento tem como base a expectativa de retomada das exportações de carne bovina para a China, após o Brasil ter interrompido voluntariamente os embarques após os dois casos do "mal da vaca louca" identificados em Minas Gerais e Mato Grosso. Entretanto, a comemoração do Festival da Lua, feriado chinês que se iniciou no dia 21 de setembro, pode postergar a liberação do fluxo de negócios com frigoríficos brasileiros. Há, inclusive, relatos de unidades de abate que optaram por conceder férias coletivas aos funcionários por causa da interrupção da comercialização com a China. Em relação aos preços, notadamente há uma acomodação, visto que apesar da fraca atuação compradora, o mercado físico não dispõe de grandes volumes de oferta de bois terminados a ponto de desencadear maior pressão de baixa.

Em São Paulo, o boi gordo segue cotado a R$ 295,50 por arroba à vista e a R$ 304,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a procura por gado terminado pela indústria ainda é fraca e a cotação é de R$ 302,00 por arroba a prazo. Em Rondônia, os preços estão firmes, com algumas indústrias recorrendo às compras visando cobrir lacunas em suas programações de abate. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 277,00 por arroba à vista. No Rio Grande do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 10,15 por Kg. Em São Paulo, no atacado, há maior consistência nas vendas, o que justifica o suporte às cotações, apesar do consumo retraído nesta segunda quinzena do mês. A acomodação dos preços também remete à paralisação dos abates diários entre algumas unidades frigoríficas no Brasil, o que resulta numa oferta mais regulada da proteína e evita a formação de sobras e estoques expressivos. O traseiro do boi segue cotado a R$ 22,60 por Kg, enquanto o dianteiro e a ponta da agulha são negociados a R$ 16,10 por Kg.