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22/Set/2021

Lácteos: demanda enfraquecida pressiona preços

Apesar do preço do leite no campo seguir firme em agosto, os laticínios relataram dificuldades em fazer o repasse da valorização da matéria-prima aos canais de distribuição, que intensificaram a pressão por valores mais acessíveis diante do baixo consumo na ponta final da cadeia. Agentes reportaram vendas

desaquecidas e aumento pontual de estoques, sobretudo dos produtos com maior valor agregado, uma vez que os preços em elevados patamares vêm desestimulando a demanda, já fragilizada pelo menor poder de compra da população. Em média, os preços do queijo muçarela e do leite em pó (400g) recebidos pelas indústrias no estado de São Paulo recuaram 0,2% e 3,2%, respectivamente, em relação a julho/2021, para R$ 27,79 por Kg e R$ 23,95 por Kg em agosto.

Para o leite longa vida, os laticínios conseguiram elevar os preços pedidos. Em agosto, a média do produto foi de R$ 3,62 por litro, aumento de 2,4% frente à do mês anterior. Neste ano, os preços do leite cru estão superiores aos do ano passado, enquanto os valores de venda de produtos lácteos estão inferiores. Entre agosto/2020 e agosto/2021, as médias do leite UHT, do queijo muçarela e do leite em pó (400g) recuaram 5,9%, 10,3% e 6%, em termos reais (deflacionados pelo IPCA de agosto/2021), confirmando a perda de margem da indústria em 2021. Em setembro, as cotações dos produtos lácteos oscilaram bastante na primeira quinzena, refletindo o baixo consumo.

Na média parcial do período (1º a 15 de setembro), o queijo muçarela se desvalorizou 0,8% frente à média de agosto, fechando a R$ 27,56 por Kg. Para o leite UHT, apesar da leve alta de 0,7% no acumulado da quinzena, evidenciando mais momentos de alta do que de queda, a média parcial fechou a R$ 3,61 por litro, 0,5% inferior ao registrado em agosto. No caso do leite em pó (400g), os preços permaneceram em queda até o dia 11 de setembro e só se recuperaram na terceira semana do mês. Com isso, na média parcial, o produto chegou a R$ 24,02 por Kg, leve aumento de 0,3% frente a agosto. Há preocupação com o atual contexto, visto que a demanda não tem reagido com a força esperada. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.