17/Set/2021
O mercado físico de boi gordo registra maior movimentação, com pecuaristas aceitando ofertas mais baixas, em meio às escalas de abate confortáveis dos frigoríficos. Há indústrias tentando adquirir gado por cerca de R$ 5,00 a R$ 10,00 por arroba a menos do que as referências atuais, porém poucos negócios nesses valores têm sido efetivados. Por enquanto, o boi gordo está pressionado, e essa situação deve persistir até a confirmação da retomada dos embarques de carne bovina para a China. Há frigoríficos reduzindo as compras e direcionando alguns lotes para o mercado interno.
As indústrias frigoríficas de mercado interno têm se retirado da ativa. A medida visa proteger suas margens durante a segunda quinzena do mês, visando adquirir bois terminados apenas na primeira semana de outubro, para abastecer e atender a expectativa sazonal de aumento da demanda doméstica na primeira quinzena. As expectativas quanto à liberação das exportações para a China persistem no setor, após o País ter suspendido voluntariamente os embarques por causa de dois casos atípicos do "mal da vaca louca". Em São Paulo, as cotações registram novo recuo e o boi gordo é negociado a R$ 298,50 por arroba à vista e R$ 310,00 por arroba a prazo.
Na Bahia, o boi gordo está cotado a R$ 288,50 por arroba à vista. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 285,50 por arroba à vista. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 303,00 por arroba a prazo e em Goiás, a R$ 299,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços seguem estáveis. O traseiro do boi está cotado a R$ 22,60 por Kg, enquanto o dianteiro e a ponta da agulha são negociados a R$ 16,10 por Kg. O setor tinha certa expectativa com uma leve reação da procura por reposição, visando abastecer o varejo durante o final de semana. Porém, as sobras de estoque, em função do fraco consumo, inviabilizaram a operação.