14/Set/2021

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) entregou ofício à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em que pede providências acerca do uso dos termos leite, queijo e de derivados como requeijão e manteiga por produtos alimentícios de origem vegetal. A ministra mostrou-se aberta ao diálogo e avaliará o que pode ser feito a respeito. Segundo a entidade, é essencial que, enquanto o Brasil não tem uma regulamentação aprovada para itens fabricados de base vegetal, o governo imponha limites claros que restrinjam o uso de termos como leite, queijo e de outros derivados a produtos originários de mamíferos. A posição é uma forma de evitar confusão por parte dos consumidores e de resguardar um trabalho construído ao longo de décadas pelo setor lácteo. As indústrias de laticínios não aceitam que o termo leite seja utilizado por bebidas de origem vegetal nem que se use denominações como queijo vegano, manteiga vegetal, requeijão vegano para produtos derivados de quaisquer outras matérias-primas que não seja o leite.

Segundo o Sindilat, o uso indevido de um termo associado única e exclusivamente aos mamíferos, causa prejuízo financeiro e social à imagem e ao setor lácteo, que, somente no Rio Grande do Sul, gera renda a 100 mil produtores de leite em 457 municípios, incluindo os que vendem regularmente para as indústrias de laticínios e os produtores que fazem seus derivados de forma artesanal. O objetivo é impedir o uso indevido dessa nomenclatura enquanto não se efetiva a regulamentação dos produtos de origem vegetal. O setor afirma entender a relevância do segmento de proteína vegetal para o agronegócio brasileiro, mas não acredita ser apropriado que um novo segmento produtivo se valha do trabalho de décadas de construção de imagem trilhado pelo setor de laticínios. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.