03/Set/2021

Os frigoríficos brasileiros paralisaram a aquisição de gado pronto para o abate em meio às incertezas que pairam no mercado quanto à identificação de um caso suspeito de "vaca louca" em um bovino no estado de Minas Gerais. O efeito foi imediato no mercado físico, que observou uma estagnação nas negociações de bois terminados nas principais regiões pecuárias do País. Os agentes estão esperando para entender quais os desdobramentos a partir de agora.

A falta de posicionamento do Ministério da Agricultura também não colabora. As indústrias têm cobrado as autoridades de informações mais claras e contundentes. A notícia vem justamente em um momento de preocupação do setor pecuário com a dificuldade de escoamento da produção por falta de contêineres, além da condição estrutural de menor oferta de bois para abate. O mercado está tenso com todas essas questões.

Quando a cadeia começa a se reestruturar, com pecuaristas desenvolvendo planos de elevar o rebanho e sanar a lacuna de oferta que existe desde o ano passado, aparece esse caso de "vaca louca" para estremecer todo o setor. A expectativa para os negócios de boi gordo no mercado físico esta semana é de pouca liquidez, com predomínio da cautela e da tensão entre frigoríficos e pecuaristas. Procuradas, a JBS, Marfrig e Minerva Foods, principais indústrias de carne bovina do País, optaram por não comentar o assunto. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.