02/Set/2021
A Argentina decidiu prorrogar as medidas que restringem a exportação de carne bovina no país até o dia 31 de outubro. O decreto limita o número de toneladas mensais destinadas ao exterior a até 50% da produção nacional do mesmo período do ano anterior. Em vigor a princípio até 31 de agosto, a determinação foi renovada por deliberação conjunta e com base na variação dos preços da produção nacional e do abastecimento do mercado interno.
Na visão do governo, o impacto das medidas que limitaram temporariamente as vendas externas começou a mostrar resultados positivos. Após dois meses de vigência, os valores se estabilizaram e até apresentaram alguma retração em diferentes elos da cadeia. As medidas começaram a serem implementadas em junho.
Embora a solução estrutural para a tensão entre o mercado externo e o interno esteja atrelada a medidas que possibilitem o aumento da produção, no curto prazo, a ferramenta de contenção das vendas ao exterior é fundamental para garantir o acesso da Argentina à carne bovina em face da crise. A determinação vem em um contexto de inflação seguidamente alta no país e com a proximidade das eleições legislativas.
A Mesa de Enlace (grupo que reúne as principais entidades representativas do agronegócio da Argentina) confirmou que vai paralisar a comercialização agropecuária no país, diante da prorrogação das medidas restritivas da exportação de carne bovina por mais dois meses. As entidades, no entanto, ainda precisam se articular com as bases para definir quando e por quanto tempo será a medida de força. Fonte: Clarín e Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.