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26/Ago/2021

Boi: Marfrig regulariza fazendas na Amazônia Legal

Desde o início do ano, a Marfrig trouxe de volta para a sua lista de fornecedores de gado no País um total de 1.139 fazendas pecuárias, sendo 85% delas com atuação na Amazônia Legal. Essas propriedades haviam sido proibidas de vender gado à Marfrig, por não cumprirem os requisitos socioambientais exigidos tanto pela legislação quanto pela própria empresa. Num esforço recente de readequação desses produtores, com assessoria jurídica e legal prestada pela Marfrig dentro do Programa Marfrig Verde+, foi possível regularizá-las e permitir que passassem novamente a entregar bovinos para abate. O número de 1.139 fazendas equivale a 17% do total de fornecedores da Marfrig em 2021. As propriedades reinseridas na nossa lista de fornecedores abateram 193.660 bovinos, ou 15% do total processado este ano pela empresa. Em vez de excluir e afastar, a empresa trouxe o produtor para perto e deu apoio e orientação. Com isso, foi possível aliar produção e sustentabilidade, gerando mais valor para toda a cadeia produtiva.

Um dos objetivos do Programa Verde+ é que 100% da cadeia de fornecedores de gado da Marfrig, contando tanto com os diretos quanto com os indiretos, seja sustentável e livre de desmatamento. Desde julho de 2020, quando o Marfrig Verde+ foi lançado, a companhia procurou entender a realidade do pecuarista e ajudá-lo a resolver problemas para que ele se mantivesse na cadeia. Ao longo do segundo semestre, houve a estruturação do programa e, a partir do início deste ano, começamos os processos de reavaliação para incluir novamente os fornecedores vetados. Foi revisitada a base de clientes e dado todo apoio e suporte para sua reinclusão. Do total de cerca de 16 mil fornecedores de gado ativos da companhia, cerca de 4 mil tinham algum tipo de bloqueio quando o Marfrig Verde+ começou, especialmente na Amazônia Legal, já que a maior parte dos bloqueios efetivamente acontece nessa região.

Além de os fornecedores de lá terem de cumprir a legislação ambiental inerente a qualquer bioma do País, como proibição de manter a atividade em áreas de conservação, em terras indígenas e trabalho análogo à escravidão, entre outros, há a exigência da própria Marfrig, que é o compromisso público de obter carne livre de desmatamento, ou conversão zero. O objetivo está atrelado a qualquer tipo de desmatamento, inclusive o que seria considerado legal. Além disso, a regularização dessas propriedades, na maioria dos casos, contou com processos relativamente simples, que dependiam mais de assessoria jurídica especializada, que pode ser de difícil acesso ao produtor rural. Das 1.139 fazendas, 900 foram reinseridas a partir de suporte técnico documental (ou seja, regularização de documentos); 6 precisaram de assessoria jurídica; 233 requeriam reanálise geoespacial por parte da Marfrig. Essas últimas, por exemplo, necessitavam basicamente de atualização das imagens de satélite dentro da plataforma da Marfrig. Havia também embargos que o produtor já tinha resolvido, mas não tinha solicitado a reinserção como fornecedor, ou seja, havia questões até simples de serem resolvidas.

Porém, ainda há pelo menos 300 a 400 fazendas que estão passando por processos de regularização com um grau de complexidade maior. Há, por exemplo, exigências de restauração florestal ou questões fundiárias, que envolvem titulação de terras. Entretanto, até o fim do ano haverá a reinserção dessas fazendas também na base de dados da Marfrig. Até mesmo os casos mais complexos serão regularizados, desde que o produtor firme um compromisso com a empresa e o cumpra. Há condição de acompanhar, via satélite, que o pecuarista desmatou área de conservação e se a está recompondo de fato. Mas, essa fiscalização e a ação da Marfrig será um vetor de conservação e não um problema a mais para o pecuarista. Se houver total condição de fazer o monitoramento e se o produtor estiver cumprindo seu compromisso, ele pode, sim, ser reinserido como fornecedor. Em relação à questão documental, ela afeta principalmente pequenos pecuaristas quando têm de se regularizar ambientalmente. Na verdade, é difícil se regularizar, mais por desconhecimento do que fazer. Desta forma, o trabalho da empresa tem até um aspecto social envolvido.

Para garantir o acesso dos produtores à regularização socioambiental e à assessoria técnico-jurídica, a Marfrig colocou à disposição, em suas unidades industriais, equipes especializadas. São profissionais vinculados à estrutura de sustentabilidade em 100% das nossas plantas, em todas as regiões do País. Esse pessoal faz a análise dos produtores e lista as fazendas que precisam de suporte, fazendo contato com elas. Só na Amazônia Legal, a Marfrig conta com cinco unidades de abate em cinco municípios: Pontes e Lacerda, Tangará da Serra e Várzea Grande, em Mato Grosso, e Chupinguaia e Ji-Paraná, em Rondônia. Inicialmente, este trabalho junto aos produtores está sendo feito apenas com os fornecedores diretos de gado da Marfrig, ou seja, aquele que engorda o animal e o envia para abate, pois é um programa de reinclusão. Para os fornecedores indiretos, aplica-se a regra da rastreabilidade da cadeia produtiva. A Marfrig é uma das grandes processadoras de carne bovina do País, com receita líquida de R$ 72,9 bilhões em 12 meses e capacidade diária de abate de 31.800 bovinos em suas unidades da América do Sul e América do Norte. Detém 32 unidades produtivas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.